quinta-feira, dezembro 18, 2008
domingo, dezembro 14, 2008
A filha da antiga lei
Deus não me dá sossego.
É meu aguilhão.
Morde meu calcanhar como serpente,
faz-se verbo, carne, caco de vidro,
pedra contra a qual sangra a minha cabeça.
Eu não tenho descanso neste amor.
Eu não posso dormir sob a luz do Seu olho que me fixa.
Quero de novo o ventre de minha mãe,
sua mão espalmada contra o umbigo estufado,
me escondendo de Deus.
-Adélia Prado-
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Desabafo
quinta-feira, novembro 20, 2008
O que me importa?
É seguir meu caminho torto.
Enterrar as palavras mortas.
Enxugar lágrimas postas.
O que realmente me interessa
No momento
É que o tempo cuide da sua sina.
O dia amanheça com sol a pino.
E o mesmo se entregue ao descanso no fim.
Que hajam luas cheias
Sóis quentes
Chuvas torrenciais
Ventos arrebatadores.
Que a sorte esteja do meu lado.
Que eu me sinta bem.
segunda-feira, novembro 17, 2008
Peço perdão pra descansar...
terça-feira, outubro 21, 2008
Palavras de Cartola
A tristeza vai transformar-se em alegria,
E o sol vai brilhar no céu de um novo dia,
Vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,
Peito aberto,
Cara ao sol da felicidade.
E no canto de amor assim,
Sempre vão surgir em mim, novas fantasias,
Sinto vibrando no ar,
E sei que não é vã, a cor da esperança,
A esperança do amanhã.
PAZ! Porque CHEGA de tanta violência!
quinta-feira, outubro 16, 2008
O que não tem fim
terça-feira, outubro 14, 2008
Num táxi na zona Sul...
É nas grandes cidades que as pessoas se tornam pequenas.
sexta-feira, outubro 03, 2008
Ando meio cansada
quinta-feira, setembro 25, 2008
Martha é de Morte
quarta-feira, setembro 24, 2008
Reflexo
segunda-feira, setembro 22, 2008
quinta-feira, setembro 18, 2008
Totalmente novo
quarta-feira, setembro 17, 2008
Percebi
domingo, setembro 14, 2008
Presente
terça-feira, setembro 02, 2008
É
Tento de tudo para deixar de ser sempre nulo.
Apesar dos abismos escuros e escusos
Os espasmos não são mais sonoros que soluços.
As garras agarram a rocha crua e dura
Mas os braços se dilaceram num abraço escasso.
Eternidade...
sexta-feira, agosto 29, 2008
Amor,oras!
Faca oxidada contra a polpa verde,
é roxo o amor.
De amoras, não.
De dor.
Adélia Prado
"Não quero faca, nem queijo. Quero a fome"
domingo, agosto 24, 2008
terça-feira, agosto 19, 2008
domingo, agosto 17, 2008
(Muda)nça
Muitos saltos. Muitos passos.
Da porta da frente até o porão, algumas lágrimas são deixadas no piso já um pouco gasto, porém firme.
A música agora toca de manhã.
As palavras são ditas.
Harmoniosamente ele se separa, se parte, se quebra.
Os cacos?
Agora eu respiro melhor.
Não digo que não me entristeço.
Não há mudança sem um pouco de dor.
Mas as passadas são largas e são firmes.
Está tudo do jeito de sempre.
Falo pra o novo.
Estou muda para o que não me faz melhor neste mundo.
Agora eu sei disso.
domingo, agosto 10, 2008
Descanso
A inata prepotência
sexta-feira, agosto 01, 2008
Deixe
Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo.
quarta-feira, julho 30, 2008
domingo, julho 27, 2008
Houve um tempo
sábado, julho 26, 2008
O vôo
sexta-feira, julho 25, 2008
Ao amor da minha vida
Maitê Proença
porque o texto caiu como uma luva, assim como a cama da Maitê e de tantas outras
quinta-feira, julho 24, 2008
É preciso continuar
sexta-feira, julho 18, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
quarta-feira, julho 09, 2008
Dói tudo
sábado, julho 05, 2008
É lindo! É lindo! É lindo!
quinta-feira, julho 03, 2008
Impressionista
domingo, junho 29, 2008
Ler Leminski
sábado, junho 28, 2008
Wonderland
quinta-feira, junho 26, 2008
Interno(a)
quarta-feira, junho 25, 2008
Towanda
segunda-feira, junho 23, 2008
Sem rumo
domingo, junho 22, 2008
quarta-feira, junho 18, 2008
Ah...se fosse assim...
terça-feira, junho 17, 2008
3.1
segunda-feira, junho 16, 2008
Somos de Mercúrio!!!
Esse ano, no dia 13 de Junho, fernando Pessoa comemoraria 120 anos de existência. O poeta do existencialismo! Não poderia esquecer daquele que sempre foi (e será) meu poeta preferido,pelas palavras na hora certa e por me entender como nem eu mesma consigo.
Pessoa e seus outros Eus sempre andaram comigo de mãos dadas.Poeta pra todas as horas.Poeta de cabeceira, de alma, de momentos de solidão.De repousos nas pedras de São Thomé, em divertidos saraus, onde ríamos e chorávamos muito.
Sua Pessoa é minha Pessoa. Muito mais que um poeta pra mim.
sábado, junho 14, 2008
Inferno astral completamente contraditório
sexta-feira, junho 13, 2008
O dia (sexta) 13
quinta-feira, junho 12, 2008
Es möchte mit mir umwerben?
quarta-feira, junho 11, 2008
Uma rosa perfeita
terça-feira, junho 10, 2008
Guiada pelo xamanismo
domingo, junho 08, 2008
♪ ♫♫ ♪♪
sexta-feira, junho 06, 2008
quinta-feira, junho 05, 2008
Homenagem desesperada ao Dia do meio ambiente
Essa carta é linda e todos deveriam ler!
Tive conhecimento dela aos 14 anos de idade, e desde então nunca mais fui a mesma...acho que quem tem coração, quando lê a mensagem, muda um pouquinho que seja.
Logo abaixo está a mesma, na íntegra.
É lindo!!!
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimenta nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite?
Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o arque respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Poio que ocorre com os animais breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia; nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente. Iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência."