domingo, setembro 14, 2008

Presente



Me largo.
No lago ao lado do seu.
Não possuo fontes nem rios.
Não vejo paisagens nem mensagens.
Não creio em mim nem em ti.
Sou o que quiser que seja.
Sou o que quero ser.
E sempre serei.
Mesmo que seus olhos me condenem.
Mesmo que sua boca me devore.
Mesmo que suas mãos tentem, em vão, me agarrar.
Sou o que sempre quis ser.
Apesar das limitações.
Das imitações.
Distorções.
Acho que me achei
Sem ter me procurado.
Te dou um recado:
Agora me deixe.
Eu sou.

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