terça-feira, outubro 21, 2008

Palavras de Cartola


Amanhã
A tristeza vai transformar-se em alegria,
E o sol vai brilhar no céu de um novo dia,
Vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,
Peito aberto,
Cara ao sol da felicidade.
E no canto de amor assim,
Sempre vão surgir em mim, novas fantasias,
Sinto vibrando no ar,
E sei que não é vã, a cor da esperança,
A esperança do amanhã.
PAZ! Porque CHEGA de tanta violência!

quinta-feira, outubro 16, 2008

O que não tem fim


Dentre tantas coisas finitas
Uma há que não se acaba.
Aquela coisa que mata a gente
Que destrói e não sobra mais nada.
A não ser um cansaço imenso
De uma vida tantas vezes carregada
Há um vazio preenchido por um lamento
Contornado por uma voz quase engasgada.
Esse soneto é só pra aliviar um pouco a dor
De quem tantas vezes tentou disso se livrar.
Se é um soneto isso, tampouco sei.
Sei que a dor é grande e não vou suportar.
Tanto faz o que pensem, pensam ou vão pensar.
Aquela estrada está vazia mas pronta pro meu caminhar.
Onde me levará não sei e procuro não imaginar.
Aqui é que não dá mais pra ficar.
Sei agora que isso jamais será um soneto
É apenas a bandeira da paz
Da trégua que peço
Do som do meu berro.
Dos meus passos firmes.
Da minha força nas mãos.
Do choro na minha cara.
Mas da fé que trago aqui dentro.
Dos traumas dispertos.
Traumas que, como um gigante adormecido, acordou.
Uma merda.
Mas agora vou-me embora pra Parságada
Pois lá, DEVO ser amiga do Rei.
Lá todo mundo é igual.
Todo mundo é REI.
As rimas se perderam agora.
Como se perderam de mim todas as coisas em que eu acreditei.
Me iludi.
Só me resta caminhar pra bem longe
E levar os melhores comigo.
E o que me mata deixar bem pra trás
Vou...
Caminhando e cantando.


terça-feira, outubro 14, 2008

Num táxi na zona Sul...


Nem sempre é fácil. Viagem. Estresses. Medos. Decepção. Tristeza. Cansaço. Lágrimas. Desânimo. Amigos. Cerveja. Música. Dança. Risadas. Gargalhadas. Um pouco do vício. Recaída. Caída. Medo. Independência. Atitude. Sozinha. Destino final.

E no meio de todas essas coisas, num dia só acontecendo, eu me virei pra todos os lados e vi que não tinha ninguém além de mim.
Não posso contar com ninguém.
Amores tantos. E, mesmo assim, estou só nisso.
Expectativas criadas sempre com frustrações no fim.
Erros que, infelizmente, não são aprendidos.
Aprendizagem forçada.
É agora ou nunca.
Cansei de ser boazinha.
Cansei de ser a que sempre se importa.
A que sempre procura.
Que me achem.
Ou não me achem!
Sumam daqui!
Se for pra não ligar, nem venham!
Pelo menos comigo eu sei me virar...
E no início da manhã
Um taxista nordestino ouve meus lamentos.
E ainda ganho pela corrida...


É nas grandes cidades que as pessoas se tornam pequenas.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Ando meio cansada


Onde tudo que antes, era vago
Agora está tudo tão real.
Finjo que não percebi o que agora meus sentidos vêem.
Mas fugir de si mesmo não é uma boa decisão.
Ando meio cansada
Pois tudo fica fácil e difícil
Enquanto eu caminho na direção do desconhecido de mim e de todos.
Me cansa ver que os dias se repetem
E que a cada novo dia
O conteúdo é velho
É igual
Me sinto cansada
Pois na ânsia de começar de novo
Eu acabo dando alguns passinhos
pra trás
E, assim
Caindo e levantando
Minha caminhada se torna cansativa
A cada novo dia.