quarta-feira, dezembro 30, 2009

conclusões de bem estar


Se espias nas pias nas cozinhas nos cestos incessantes não me venhas com correntes nem amarras não me sentes não sou tua nem de ninguém não me afobes não te pertenço sou só minha e nem me sei vago sozinha porque assim eu me sinto muito bem.
E se você não me quer...
tudo bem.

terça-feira, dezembro 29, 2009

Sobrevivência


Até o último segundo
Eu respiro.
Inspiro.
Senão eu piro.

Como uma pira

Cheia de ira

Cheia de mágoa.

Me jogam um balde d'água

No amor.

Te matei
Dentro de mim.

E sobrevivi.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

exatamente isso


Saudade eu tenho do que não nos coube.
Lamento apenas o desconhecimento
daquilo que não deu tempo de repartir,
você não saboreou meu suor,
eu não lhe provei as lágrimas.
É no líquido que somos desvendados.
No gosto das coisas o amor se reconhece.
O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Equilíbrio




Não deixo.
No meu eixo
Só eu mexo.

quarta-feira, outubro 28, 2009

depois da tempestade






...Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu tentarei te consertar...

domingo, outubro 04, 2009

Eu sou um Deus Dourado!!!

E começo com uma frase do filme, que revi agorinha, Quase Famosos, que amo.
A Frase, diga-se de passagem, é de Robert Plant ( se não me falha a memória ) e foi usada pelo personagem Russel, o guitarrista da banda, no filme.
Realmente adoro esse filme, pois me faz sentir saudades de uma época que não vivi, e que pra mim, foi a melhor, os anos 70.
Musicalmente falando, artisticamente falando e tudo o mais.
É lindo e me dá tristeza também toda vez que vejo o filme e ouço suas músicas.
Fazendo uma comparação então com os dias de hoje, ai que fodaaaa!...
mas é assim....
Tô meio sem saco pra continuar escrevendo e também não tô conseguindo colocar a foto que achei do filme. Depois coloco.


Usei até essa fonte que lembra letra de máquina datilográfica e consequentemente, lembra anos 70. HÁ!...

sexta-feira, setembro 25, 2009

Eu que não fumo nem 1 cigarro...

...eu que não amo você...

segunda-feira, setembro 14, 2009

Reticências

E é só sabendo que se sabe.
No momento é aprazível o vento
No desalento da caneta que borra o papel.
Na tentativa de escrever algo que seja útil.
Ou pelo menos humano.
Mas agora já foi.
A tinta se esvaiu.
Em sangue.
...

terça-feira, setembro 01, 2009

Assim que o dia amanheceu...


Eu pude ver o quanto a noite foi escura
e o quanto as pessoas se enchem dela
Que algumas adoecem eternamente e não se desligam de suas egocentricidades.
Que o ser humano é bom, mas nem tanto. ( pelo menos alguns...)
Que, tudo bem, deixa pra lá, mas isso não está certo.
Que agora eu luto com unhas, dentes e corpo inteiro.
Que sou uma leoa com meus filhotes
E não venha me perturbar
pois minha paciência é curta
mas tenho tempo demais pra mostrar meus pontos de vista.
( agora, sim, eu tenho!)
Que apesar de você, amanhã há de ser outro dia

E bem melhor
Pois você não pode me dominar mais.
O dia amanheceu, meu bem.
O MEU dia.

segunda-feira, julho 27, 2009

Arrumando as malas


De repente, me peguei pensando no que essa expressão ( aparentemente normal ) representa em minha vida.Durante minha estadia aqui ( e ainda hoje! ) vivo arrumando as malas. Arrumo as malas pra viajar, pra me mudar, pra me livrar de tudo que não me serve mais. Dentro das malas, ás vezes, cabe tudo. No mais, quase nada. Quando pequena, vivia arrumando malas ( literalmente!!! ). Era um corre-corre, um pega-pega, um chora-chora, um trauma-trauma. Na verdade, essas tais malas da infância continuam arrumadas aqui dentro. Eram muitas, mas já estou conseguindo tirar de dentro delas tudo que não me faz bem e deixá-las abertas pro que é verdadeiramente bom. Graças a Mi! Vivaaaaa!!!!
Mas, bem, no decorrer do processo traumático-evolutivo da minha vida, parece que sempre estou pronta pra ir embora, ou melhor, pronta pra "arrumar as malas".
Arrumo e desarrumo.
Arrumei minhas malas quando me rebelei. Quando achei que a vida se resumia a ser hippie, cantar músicas de Janis, tomar cachaça com mel, pegar carona adoidado e cultivar ( ou acreditar ) em algumas amizades. Desarrumei percebendo que ainda sou hippie ( tá na alma!), ainda canto músicas de janis e cia. Mas vejo o pôr do sol. Cuido da minha saúde, continuo lendo muito e percebendo mais ainda. E carona, só na calda do cometa pra ver a Via Láctea, estrada tão bonita! rs...
Arrumei as malas quando encontrei o amor. E foi tão mágico, tão puro, tão quente, tão intenso, que coloquei-me toda na mala e fui. Fiquei, durante muitos anos, nesse estado febril de apaixonamento. Ai, que saudade que dá. Mas os resquícios da mala da infância ainda pipocavam dentro de mim e se misturaram com as da nova mala e houve colisão. Não fui feliz. Não soube fazer quem amava? feliz. Uma pena. A gente combinava tanto. Se amava tanto. Se desejava tanto . ( e como!!!). É. Uma pena. Mas, desarrumei a mala, quando percebi que já não nos conhecíamos mais, quando o encanto se desfez. Mas essa é um tipo de mala que não irei conseguir arrumar de novo ( pelo menos agora eu vejo assim ), pois eu não quero outra mala. Queria essa mala arrumadinha do jeitinho que era e sempre foi. O encanto acabou. Tive que arrumar a mala à força, pois tava muito pesada. Sentei em cima. Boa pra frente.
Daqui a pouco começo a arrumar uma mala parecida, ou melhor, quem sabe? A vida é assim. Mas que seja mais leve, ó Deus! Não será igual, nada é igual. Mas pode ser que seja uma mala boa, cheia de amor e de surpresas...
Como disse antes, quero arrumar as malas, daqui pra frente, só pra o que me faz feliz.
No momento, as malas estão aqui quietinhas, na cama, abertas, esperando a próxima aventura.
Sendo assim, vou terminar com um trecho de uma música que amo de Nando Reis, que amo




Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não -
Mas quem não quer dizer tchau.
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém!

sexta-feira, julho 17, 2009

danada


Uma taça de vinho um coração com defeito de fábrica muita corrida pouca cerveja variados livros e intempestivas lutas contra minhas vontades num momento olho pela janela e vejo a lua no outro estou nua e ainda assim não sei quem sou.

quinta-feira, julho 16, 2009

abraçandome


É um estardalhaço
Essa confusão de laços

E lados.

Acabo me dando um abraço

Sem esperar que seja retribuído por mim.

quarta-feira, maio 27, 2009

Lamento



Boa é a brisa
que vem mansamente
e passa devagar.
Pena que minha vida
tem sido só furacões.

terça-feira, maio 19, 2009

Catarse


Não vou ligar.
Se eu chorar
Como o mar.
É simples:
Trans-for-MAR.

terça-feira, abril 28, 2009

Teu pão, tua comida


Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

segunda-feira, abril 27, 2009

Máquinas....

Só um aviso:

Algumas pessoas comentam aqui no meu blog.
Como os comentários são moderados, seleciono TODOS e mando publicar.
Mas acontece que só um comentário é publicado!
Sendo assim, mudei para que TODOS sejam publicados automaticamente.
Senão parece que não aceito alguns comentários, o que não é verdade...
Fica aqui então minha explicação.
Obrigada a todos que comentam aqui no meu "cantinho"!
E voltem sempre.
Obrigada!...

domingo, abril 26, 2009

A violência em Replay


Taí...
Ontem, tomando uma cervejinha com minha mãe, no maior clima bom, conversando sobre os aspectos super positivos de se parar de fumar ( porque eu parei tem 2 anos!) mas minha mãe não. Pois bem, tentando mostrar à ela os benefícios de tal atitude, fico sabendo de uma notícia muito triste, e, que, infelizmente, parece que se tornou "banal" no nosso País.
A notícia foi a seguinte:
Em Maceió, um grupo assaltou um carro em que estavam uma mãe, uma avó e um bebê de 3 meses na cadeirinha. A mãe pediu para que deixassem-na tirar o bebê e podiam levar o carro para o quinto dos infernos, mas que a deixassem retirar o bebê. Um dos assaltantes concordou, mas o outro ficou nervoso com a "demora" e arrancou com o carro. A cadeirinha do bebê ficou pendurada para fora do veículo em movimento e foi arrastada ( com o bebê dentro ) por 1 km, mais ou menos. Por sorte, o bebê teve esfolamentos na perninha e, me parece, fraturou o bracinho. Mas está vivo, GRAÇAS À DEUS!
Os criminosos? Não sei se foram pegos. Devem estar por aí, tomando um chopp.
Ainda bem que esse bebê não teve o mesmo fim de João Hélio.
É uma vergonha fazer parte de uma sociedade tão animal, tão brutal, tão sem coração.As pessoas estão desesperadas, eu sei. A desigualdade é enorme, eu sei. A fome dói, imagino. O desemprego assombra a grande maioria.Mas não podemos perder totalmente a noção de solidariedade, de compaixão, de amor ao próximo e, por causa de um carro, uma carteira, uma bolsa, sair por aí arrastando crianças vivas. Matando inocentes.
Essa violência tem que acabar de alguma forma. A justiça tem que ser feita. Amanhã pode ser um de nós, ou alguém que amamos muito.
Outra coisa: a TV também podia diminuir um pouco a carga extra de tragédias e começar a mostrar um pouco mais de coisas boas. Esses malucos-psicopatas-criminosos , assistem a essas notícias horrendas e começam a ter idéias mirabolantes para roubar, matar, etc...O amor, a solidariedade , a ternura, a gentileza e etc, têm que ser também cultivados e ressaltados na mídia, na mesma proporção do caos.
"GENTILEZA GERA GENTILEZA". Lembram?
É difícil, mas não impossível.
Não podemos deixar que, notícias como essa, se tornem assunto para " um papo qualquer".
Já está virando coisa banal, as pessoas estão começando a achar normal a violência.
NÃO É!
Temos que nos indignar sempre e tomar atitudes.
A união faz a força. A desunião faz a forca.
Fim de papo.

quinta-feira, abril 23, 2009

Da dor


E tudo dói.
dói mesmo sem querer.
sem pensar.
sem ligar.
tudo dói.
tudo dá dor.
é o momento
da lagarta.

domingo, abril 19, 2009

Duo


Impressionantemente dualística. Inegavelmente corporística. Holisticamente convicta. Instantaneamente diluída. Emocionalmente elitista. Transcendentalmente hipocondríaca. Fatalmente desdita. Honestamente impessoal.

terça-feira, março 31, 2009

e é isso




por enquanto
só indo
sorrindo
solando
saltando
sabendo
cagando e andando.

domingo, março 01, 2009

Dissipando as nuvens

O mal tempo se vai
devagar ainda
mas indo.
Enquanto isso
As nuvens vão abrindo espaço
e o céu azul e claro
vai se fazendo mais nítido
algumas coisas encobertas
aparecem
e eu tomo conhecimento
real dos fatos
me deixam tristes
muito.
mas é sinal
de que o tempo está se abrindo pra mim
bom ou mal
o que passou
passou
e o que deixa ser visto e conhecido
agora não faz nenhuma diferença
porque eu sou agora
meu próprio céu.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

High Definition


Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.


Martha Medeiros

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Não vim passear!

No final das contas, eu que penso estar em desvantagem, quando páro e olho com mais calma e atentamente, percebo que as melhores coisas estão junto de mim e fazendo parte dos meus dias, que ultimamente têm sido tão cansativos. Os melhores sorrisos, as melhores gargalhadas, as descobertas juvenis e infantis, as gracinhas tão doces e até as birras estressantes, no final das contas eu vou sentir saudades delas também, um dia. Enquanto alguns curtem a vida, e demonstram terem vindo a passeio, eu luto com todas as minhas armas pra viver bem e pra que as pessoas que eu amo, e pelas quais sou responsável, possam viver bem também, mesmo em meio ao caos que vivo no momento.
Não estou aqui a passeio.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

sendo otimista

A chuva cai numa hora boa.Eu penso em tudo que deixei pra trás.Em todas as decisões que tomei e tenho tomado ultimamente, e, embora esteja com um medo aqui dentro, um medo de ver qual será o resultado de todas essas decisões tomadas, eu estou feliz, porque fiz o que achava certo fazer.O futuro que imagino pode ser que nunca virá.O passado ( graças a Deus!) deixei mesmo pra lá.O presente é o que importa agora.Sinto saudades, muita mesmo, do que poderia ter sido e não foi.Mas a estrada está aí pra gente caminhar.E pra frente.Aprendi muito, e ainda continuo aprendendo.Errei muito e sei que vou errar mais.Seria muita hipocrisia da minha parte dizer que não me arrependo de nada.Me arrependo sim.E de muito.Mas não há muito o que fazer.Não lamento por isso.Só fico triste.Porque uma pequena dose de tristeza também faz bem.Em doses homeopáticas, claro.Ninguém quer ser infeliz.Eu não quero.Mas ela me faz cair na real, ás vezes. Fernando Pessoa que o diga!Porque eu sou muito lá em cima.Sinto falta da minha infância,que foi péssima, mas sinto falta do que eu poderia ter feito de mim e não tive coragem nem incentivo.Mas tudo está bem quando acaba bem, já dizia alguém que não sei quem, mas...ainda não acabou e nem está tudo bem, mas vai ficar
quero me energizar com os cristais da Mi.Quero desabafar, pois aqui dentro faz mal.Quero brincar com meus filhos e conversar com meus amigos.Quero minha mãe sempre por perto como minha amiga do peito ( como sempre foi).Quero poder perdoar meu pai pela minha infância trágica ( ainda não consegui isso!).Quero ser feliz nas pequenas coisas.Estou meio sem rumo, meio desnorteada de mim.Mas vou me achar no mundo.Vou erguer a cabeça e continuar em frente.Mesmo estando bem ferida
e sabendo que ainda vou me ferir muito mais.Eu sei que vai dar tudo certo.


Foto: meus pés. porque eles que sabem pra onde devo ir.