quinta-feira, dezembro 01, 2011

Milhas...









♥ "O médico perguntou:

O que sentes?

e eu respondi:

Sinto lonjuras, doutor.

Sofro de distâncias." ♥




- Caio Fernando Abreu -

domingo, junho 26, 2011

Eu, hein?







Devido à uma série de conflitos internos, sentimentos escusos, vontade esmagadoras e fatos mal interpretados, resolvi adotar esse tipo de vida agora.

Vou evitar ver ( nesse caso"ler"certas coisas), assim me poupo de alguns sentimentos indesejáveis, que me fazer parecer mais louca do que, supostamente, me creio ser.

Ouvir, vou me privar de alguns sons, que, por deveras me irritam, e nesse caso, entra aqui também o "falar"...pois escuto algumas coisas que me obrigam a abrir a boca para debater, mas que, na maioria das vezes, não me entendem e fico furiosa. Nesse caso, então, escutarei bem pouco, ou quase nada. E falarei menos ainda. Prefiro fazer a encenação de concordar com tudo, ou quase, do que tentar falar e me fazer entender, já que vi que não funciona mesmo.

Mas o que mais vou evitar é a "visão"...que essa sim, tá acabando comigo.

Até mais ver...ops...até mais não ver.

Enfim...que seja. Já que não tem outro jeito mesmo.

Mas tá tudo bem...tá tudo ótimo.

PER-FEI-TO!!!

sábado, maio 07, 2011

Fome de letrinhas






Preciso, com urgência...

Do romantismo delicioso de Neruda.

Do coração apaixonado de Rilke.

Da ilusão exacerbada de Rimbaud.

Do desprendimento de Kerouac.

Da escuridão melancólica de Baudelaire.

Da loucura sã de Hesse.

Da metamorfose de kafka.

Da imaginação sensível de Cervantes.

Da beleza imensurável de Pessoa.

Da linda tristeza de Woolf.

Da pontualidade emocional de Lispector.

Da simplicidade incomum de Medeiros.

Do realismo fantástico de García Marquez.

Da cegueira de Saramago.

Da normalidade angustiante de Parker.

Da intelectualidade revolucionária de Maiakóvski.

Da embriaguez sórdida de Bukowski.

Do terror sombrio de Poe.

Da calma inebriante de Drummond.

Da ferocidade sexual de Hilst.

Do amor nos quintais de Quintana.

Preciso sim.

E agora.




segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Com força!





Por isso arranquei você de mim.
Por isso você não merece fazer parte da minha história.
Por isso, o que aqui estava já se foi.
Não vou sujar minhas palavras com suas mentiras.
Não vou mais cair em prantos.
Não sou louca.
Nem algum dia, fui.
Apaguei o que aqui estava claro.
Arranquei você de mim.