segunda-feira, setembro 30, 2013

I want it!!!


"A gente é a soma das nossas decisões.” 

É uma frase da qual sempre gostei, mas lembrei dela outro dia num local inusitado: dentro do supermercado. Comprar maionese, band-aid e iogurte, por exemplo, hoje requer o que se chama por aí de expertise. Tem maionese tradicional, light, premium, com leite, com ômega-3, com limão. (...)

Assim como antes era mais fácil fazer compras, também era mais fácil viver. Para ser feliz, bastava estudar (Magistério para as moças), fazer uma faculdade (Medicina, Engenharia ou Direito para os rapazes), casar (com o sexo oposto), ter filhos (no mínimo dois) e manter a família estruturada até o fim dos dias. Era a maionese tradicional. 

Hoje existem várias “marcas” de felicidade. Casar, não casar, juntar, ficar, separar. Homem e mulher, homem com homem, mulher com mulher. Ter filhos biológicos, adotar, inseminação artificial, barriga de aluguel – ou simplesmente não os ter. Fazer intercâmbio, abrir o próprio negócio, tentar um concurso público, entrar para a faculdade. Mas estudar o quê? (...)

A vida padronizada podia ser menos estimulante, mas oferecia mais segurança, era fácil “acertar” e se sentir um adulto. Já a expansão de ofertas tornou tudo mais empolgante, só que incentivou a infantilização: sem saber ao certo o que é melhor para si, surgiu o pânico de crescer.

Trecho da crônica “Medo de errar”

domingo, setembro 29, 2013

Disconnect


Bem a calhar no meu momento. Mostra como a internet pode realmente atrapalhar a vida de uma pessoa, ou pessoas. Três histórias aparentemente "desconectadas" umas das outras, mas com um mesmo objetivo. Alertar para a falta de segurança, que nós, hoje em dia, temos com o advento da internet e suas "facilidades". Fácil se comunicar, fácil ser outra pessoa, fácil ter amigos, fácil ser aceito, fácil comprar, fácil pagar. E pagamos caro. Atrás de uma aparente doçura, existe um perigo inimaginável. Vidas são invadidas, a privacidade já não existe. Tudo e todos se tornam vulneráveis. Exagero? Acredito que não. Além disso, existe uma coisa tão grave quanto...o isolamento social. Não só nas ruas, festas, lugares públicos. Mas, principalmente, dentro de nossa própria casa. já não conversamos olho no olho com amigos, e nem com nossos familiares. Nos tornamos seres virtuais. Acredito que os robôs já existem e somos nós mesmos. Sem perceber e mansa e calmamente, o acesso a esse tipo de tecnologia vai nos tornando antissociais e alheios ao que acontece ao nosso redor. E pior: dentro de nós. Passamos a viver um mundo irreal, mas apresentado como real e tangível. Nos afastamos das pessoas, pensando estarmos próximos. Nós mesmos nos enjaulamos, pensando estarmos livres. Livres? Totalmente despidos, nus, em praça pública. Ou melhor dizendo, "sítio" público. Estamos sitiados tecnologicamente. Existe um lado bom? Claro. Sempre. Em tudo. Mas temos que aprender a usar o que nós temos a nosso favor. E saber usar. Saber. Sabedoria. No começo do post, disse que o filme veio bem a calhar com meu momento, pois sempre fui uma viciada em facebook, msn e seus derivados. Sem perceber que minha vida estava sendo muito exposta e eu estava perdendo a vida real. O que realmente é importante. Me senti invadida. Me senti frágil, ingênua. Excluí meu facebook e mantenho apenas esse blog e um e-mail. Estou me sentindo ótima, estou respirando. Que carência é essa que faz com que as pessoas precisem de amigos virtuais e precisem expôr suas vidas para ganhar curtidas, e comentários? Voltemos todos para a vida. VIDA REAL. O filme com certeza está agora na minha lista de favoritos e quem tiver curiosidade, não faz mal dar uma espiadinha nele. E pensar. Inté.

sábado, setembro 28, 2013

Sur l'amour...






Acabei de assistir o último filme de Malick, AMOR PLENO. Simplesmente, magnífico. O filme todo é um imenso poema, uma ode ao amor. Bem característico de Malick, seus filmes são vibrantes, mesmo imerso em quase 2 horas de sons, imagens, poucas palavras e muito sentimento. Cada cena, um quadro, uma pintura. Cada olhar, respiração, gesto, você sentia o amor lá. Intenso. Doloroso. Forte. O amor, plenamente, na tela. Javier Bardem está, pra variar, belíssimo no papel do padre que ama à Deus e O procura dolorosa e desesperadamente.Envolvente, apaixonante. Nos mostra ( mas isso eu já sabia) que na verdade, o mais importante é amar. Amar, sempre. Dar amor. Ser amado é consequência dessa doação. Como disse Osho: "...não é uma questão de ser amado, mas sim, de ser amor." Filme lindo. Fica a dica. Fica o amor. Pleno.

sexta-feira, setembro 27, 2013

We




" O erotismo é uma das bases de conhecimento de nós próprios,                       tão indispensável como a poesia."
                                                              
                                      - Anaïs Nin -

quarta-feira, setembro 25, 2013

Bom é ser feliz








"Que a gente saiba apreciar as pequenas vitórias. E não esqueça que o pensamento é a chave do bem-estar. Que a gente cuide da saúde e da alma. E gaste energia somente no que faz bem. Que a gente fique de olhos e ouvidos abertos. E não se deixe levar por fofoca ou intriga. Que a gente passe a se preocupar com o que tem fundamento. E deixe pra lá o que não acrescenta ou faz bem. Que a gente entenda que o silêncio é de ouro. E que nem sempre o que sai da nossa boca é bem interpretado ou visto. Que a gente comece a cuidar mais da própria vida. E exercite um pouco aquele egoísmo saudável. Que a gente vá até onde a força permitir. E perceba que sempre resta um pouquinho de força. Que a gente ame sem pedir em troca. E perceba o quanto isso é reconfortante. Que a gente tenha mais paciência. E perdoe os erros. Que a gente obedeça o coração. E não esqueça que é preciso manter pelo menos um pé no chão. Que a gente ache o caminho. E que se perca de vez em quando. Que a gente mantenha um sorriso na boca. E não esmoreça quando a vida fechar uma porta. Que a gente entenda que não dá pra abraçar o mundo. Mas dá pra abraçar algumas pessoas e fazer a diferença." 

...