quarta-feira, abril 21, 2010

Ensaio sobre a cegueira

Hoje vi um filme ( dos 6 que aluguei! Vixe!) que não posso deixar de falar sobre ele aqui no meu blog. ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Roteiro tirado do livro homônimo do Saramago e dirigido por Fernando Meirelles. Pra mim, juntou a fome com a vontade de comer: Saramago e Meirelles. Dois nomes que admiro. Infelizmente, esse livro do Saramago eu ainda não tinha lido, mas pretendo fazê-lo logo. Do filme, eu não poderia esperar coisa melhor. A história é envolvente, humana, dolorosa, aflita, desesperada, redentora,primitiva, assim como nós. A cegueira branca, que nos faz, na verdade, enxergar. Nos tira da "nossa cegueira adquirida" e nos liberta. Que provoca a catarse. Que nos faz ir até o fundo, até o nosso lado mais primitivo, para enfim, começar uma evolução novamente. Que põe à prova Deus e todo o nosso lado "santo" e "correto". Até que ponto o ser humano resiste a si mesmo? A história é belíssima. De arrancar lágrimas, pois a gente "vê" tanta humanidade ali, dentro dela.

O filme é super bem dirigido, é óbvio, não poderia ser diferente. O tratamento da imagem é fantástico. Os atores, muito bem escolhidos. Muito bem dirigidos. A trilha. Tudo.

Apesar de ser uma história angustiante e munida de uma seriedade latente, o filme conta com algumas cenas de humor, mesmo que sutis. Uma, quando a personagem do ator Gael ( totalmente cego ) canta no microfone a música de Steve Wonder, outra, quando a personagem de Danny Glover pede, num momento de votação, para aqueles que estivessem de acordo levantassem as mãos.

Enfim...Um filme que recomendo com prazer para todos. Aqueles que conhecem Saramago sabem do que estou falando. E aqueles que não o conhecem, já é um bom começo.

Vejam.

1 comentários :

  1. Anônimo disse...

    Cara Julie Lev, o filme na minha opinião é limitado em relação ao livro (como sempre vai ser quando se trata de uma adaptação de uma obra literária). As cenas de humor estão presentes também no livro, todavia algumas cenas foram abandonadas (a cena na casa de uma velha que ocorre depois da fuga do prédio) e outras cenas foram "inventadas" como por exemplo o que e como as coisas se sucedem no supermercado. Enfim, o cinema ao flertar com a literatura sempre sai perdendo.
    Abraços, Renan Figueiredo