terça-feira, março 02, 2010

Across the Universe


Across the Universe tbm é psicodélico algumas vezes, mas é alto astral, p frente, p cima, é leve, é suave. E é BEATLES, dude!Apesar de ser uma história já meio batida: anos 60/70, casal apaixonado, rock'n'roll, Vietnã, etc...é lindo!Adorei o trabalho de atores, as músicas escolhidas, as personagens, as sutilezas como: o desenho da maçã, o morango, as personagens Sadie e Jo-Jo ( Janis e Hendrix), adorei ver Joe Cocker triplo com sua voz ainda potente e inconfundível em "Come Together", salma hayek, não sou mto fã de Bono mas ele fez bem a sua parte, os nomes dos protagonistas ( Jude e Lucy), Liverpool, a homossexualidade triste e reprimida de Prudence, "Don't let me down" no telhado.Enfim...achei um filme gostoso. Na verdade sou e sempre fui fã dos anos 60/70 e tudo que esteja relacionado a essas décadas. Sua história, sua música, artistas, ideologias, juventude, cinema, literatura, tudo. É bom saber que existem filmes musicais bem mais interessantes e com conteúdo. Fora HSM!!! Você assiste e sente alguma coisa boa quando acaba. Filmes têm que produzir algo dentro das pessoas. Tem que haver transformação, qualquer que seja. Algum questionamento, alguma mudança. mesmo que pequena ou momentânea. Filmes que não nos despertam nada, é NADA! É lixo. Perda de tempo. Não é arte.

A gente precisa de ARTE! A gente precisa de AMOR! Tudo que a gente precisa é disso.

1 comentários :

  1. Anônimo disse...

    Antes de tecer um “breve” comentário a respeito do filme Across the Universe, gostaria, se me for permitido, citar um trecho do último livro de Saramago que traz como título “Caim”. A citação nada tem a ver com o comentário, todavia de tão próxima ao pensamento que trago comigo em relação ao ser humano, as palavras do escritor português servirão como uma bela moldura para as palavras não tão belas assim de minha autoria.

    “A eva e adão ainda restava a possibilidade de gerarem um filho para compensar a perda do assassinado (abel), mas bem triste há-de ser a gente sem outra finalidade na vida que a de fazer filhos sem saber porquê nem para quê. Para continuar a espécie, dizem aqueles que crêem num objetivo final, numa razão última, embora não tenham nenhum ideia sobre quais sejam e que nunca se perguntaram em nome de quê terá a espécie de continuar como se fosse ela a única e derradeira esperança do universo.”

    Como um não amante incondicional do cinema, minhas palavras certamente não ganham significativa autoridade, dessa forma, abdico de comentários a respeito da estrutura formal da obra cinematográfica em questão, e dedico-me especificamente ao assunto abordado pela mesma. É sabido o meu descaso, já exposto neste blog, em relação aos anos 60 e 70. Dimensiono tal época do lado de fora, como um não participante.

    O que me deixa realmente intrigado é o saudosismo de uma época; como é possível a certas pessoas acreditarem que tal período desvendou para a humanidade algo de diferente, algo de contestatório, ou algo se quiserem de psicodélico? O ser humano deve abdicar o mais rápido possível da ideia de que o progresso existe, e por conseguite, repudiar qualquer ideia de utopia. O ser humano já nasceu fracassado, seja o dos anos 60, o dos anos 70, e os dos anos 00.

    Se realmente quisermos ser doidões como acreditamos que nos anos 60 e 70 o ser humano era, me parece que hoje temos muito mais oportunidades para isso. Dessa forma podemos levantar a hipótese de que problema esteja localizado no ser humano e não na época em que o mesmo vive ou viveu. O saudosismo enfraquece o homem, o torna pequeno, tão fétido quanto um cristão. Across the Universe é um filme saudosista e narcisista.
    Renan Figueiredo Menezes