domingo, outubro 04, 2009

Eu sou um Deus Dourado!!!

E começo com uma frase do filme, que revi agorinha, Quase Famosos, que amo.
A Frase, diga-se de passagem, é de Robert Plant ( se não me falha a memória ) e foi usada pelo personagem Russel, o guitarrista da banda, no filme.
Realmente adoro esse filme, pois me faz sentir saudades de uma época que não vivi, e que pra mim, foi a melhor, os anos 70.
Musicalmente falando, artisticamente falando e tudo o mais.
É lindo e me dá tristeza também toda vez que vejo o filme e ouço suas músicas.
Fazendo uma comparação então com os dias de hoje, ai que fodaaaa!...
mas é assim....
Tô meio sem saco pra continuar escrevendo e também não tô conseguindo colocar a foto que achei do filme. Depois coloco.


Usei até essa fonte que lembra letra de máquina datilográfica e consequentemente, lembra anos 70. HÁ!...

1 comentários :

  1. Anônimo disse...

    Olá cara amiga Juliana. Como estão as coisas? Passando por este blog me deparo com este saudosismo que me pôs a refletir um pouco. Espero não me alongar por demais e não ir muito de encontro a sua opinião.

    Tenho uma certa resistência ao argumento da superioridade dos anos 70, principalmente no que diz respeito ao quesito artístico. É certo que todo o rock inglês e norte americano mostraram certa expansão e legitimação estética, por sinal muito duvidosa, já que faziam parte do mecanismo de produção e recepção da indústria cultural. Olhando friamente para este período, percebemos que o mesmo foi o responsável, ou pelo menos deu início ao que os ideólogos e nossos professores do ensino médio apelidaram com o bizarro nome de globalização. Ora, a globalização nada mais é do que algo particular (neste caso o americanismo) imposto mundialmente. Em outras palavras: uma colonização norte americana moderna. Dessa forma, acho que este período deixou mais sintomas do que saudades.

    Outra coisa que me incomoda, incluindo-me na geração pós 80, é o argumento da juventude de não ter vivido um desafio ditatorial; o que nos deixaria sem uma motivação ao engajamento político. Ora, é inquestionável que ao contrário do período em questão (anos 70), hoje já não sabemos direito o que combater, uma vez que o Estado “democrático social” é pluricentrado e multidimensionado. Seguindo esta lógica, o poder também se descentraliza – como nos alertava Foucault; as classes já não são binárias como pensava Marx; hoje tranquilamente podemos substituir a famosa “luta de classes” por “articulação de classes”. Eis alguns fatores que explicam nosso desencantamento com o momento presente.

    Neste momento podem aparecer contra argumentos alegando que a luta da época de 60 e 70 foi uma busca pela liberdade. Concordo em partes.

    Não sei se você reparou um sintoma da nossa sociedade contemporânea: o carnaval a cada dia que passa perde sua função, visto que sexo, drogas, orgias, podem ser feitas durante todo o ano. Não precisamos esperar o carnaval chegar. Uma conquista? Em partes.

    Creio que o desafio assumido pela geração de 60 e 70 e toda arte produzida na época não lograram o sucesso. Eis aí a liberdade transvestida de autoritarismo democrático. Passamos de um período de guerras e ditaduras para uma conquista de um período de “Estado democrático social”. Os sistemas econômico e político foram modificados, o que era explícito tornou-se subliminar.

    Daí no meu entender a nossa época enfrenta algo diferente de tudo, muito mais desafiador à juventude do que os anos passados. Ao sermos forçados a nos desapegar da ideia de que a arte é a salvação, encontramo-nos diante da dura e complexa realidade. Daí o sexo, as drogas e os rocknroll de outrora serem apenas uma melancolia desprodutiva de mudança.

    Abraços. Renan