quarta-feira, maio 07, 2008

Arte


Ó noite onde as estrelas mentem luz,
ó noite, única coisa do tamanho do universo,
torna-me, corpo e alma, parte do teu corpo,
que eu me perca em ser mera treva
e me torne noite também,
sem sonhos que sejam estrelas em mim,
nem sol esperado que ilumine do futuro.
Texto: Fernando Pessoa
Tela: Noite estrelada, Van Gogh (1889)

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